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Mega da Virada: Ganhei, e agora? Saiba como fazer para retirar prêmio

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A movimentação foi grande nas lotéricas em Niterói nesta quinta-feira (30). Foto: Karina Cruz

A realização de sonhos de uma vida inteira. Esse é o objetivo de quem ajudou a movimentar as casas lotéricas em Niterói, nesta quinta-feira (30), de olho na bolada de R$ 350 milhões, que será sorteada pela Mega da Virada, na noite desta sexta, 31 de dezembro.

Um dos apostadores que resolveu tentar a sorte foi Edvaldo Oliveira, de 57 anos. Ele contou que vai às lotéricas quase toda semana para tentar a 'fezinha'.

Para esta Mega-Sena da Virada, ele adiantou três jogos em uma loterica do Centro de Niterói, mas saiu com 15 panfletos em branco para em casa marcar mais números e voltar para garantir as apostas.

"Tenho a tradição de distribuir entre os meus familiares. Eles colocam os números e aí faço os jogos. O dinheiro é muita coisa e como tenho uma família grande, acho que vou dividir uma parte dele [prêmio] com eles. Quero investir, ajudar quem precisa e estiver mais próximo. Mas é um valor tão grande que não dá nem pra imaginar tudo o que podemos fazer com ele”

Um dos sonhos de Edvaldo é, se ganhar, reunir toda a família, que atualmente está espalhada pelo Nordeste e em outras regiões do Brasil. A compra de um imóvel também está dentro do planos, caso seja o sortudo do Brasil.

Ganhei, e agora?

Segundo a Caixa Econômica Federal, prêmios até R$ 1.903,98 pode ser retirados em qualquer casa lotérica credenciada ou nas agências da Caixa. Para valores mais altos, o ganhador deve procurar uma agência bancária da Caixa, e ter em mãos o comprovante de identidade original com CPF e recibo de aposta original premiada. Para apostas feitas internet clique aqui e confira o procedimento.

Prazos

Valores iguais ou superior a R$ 10 mil são pagos no prazo de até três dias, a partir da apresentação dos documentos e comprovante diretamente na agência.

O que fazer com tanto dinheiro?

O professor Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destaca o que o novo milionário pode fazer com o valor.

"O ideal é escolher pelo menos cinco modalidades diferentes de investimento. Portanto, precisa levar em consideração a sua aversão ao risco. Quanto maior for seu medo de perder o dinheiro, mais você tem que focar em aplicações que sejam mais voltadas para renda fixa. Por outro lado, se o ganhador aceita o risco bem (não ficar se culpando porque perdeu dinheiro), essa pessoa pode tentar aplicações que tenham um retorno maior"

Ricardo Teixeira também orienta que deve ser levado em consideração o momento atual, em que a taxa da inflação está crescente.

"Diante deste cenário, dificilmente na renda fixa a pessoa vai conseguir algo a mais do que repor o que foi perdido com a inflação"

O coordenador disse ainda que pelo alto valor que o ganhador vai levar, é importante que seja investido em imóveis.

"Os imóveis vão existir e a pessoa não vai perder"

Poupança não

Ricardo Teixeira diz também que é necessário ter cautela na hora de decidir em quais lugares o ganhador vai investir o prêmio. Tendo em vista que a Caixa Econômica Federal (CEF) afirma que caso apenas uma pessoa acerte as seis dezenas e aplique o valor do prêmio estimado na poupança, receberá no primeiro mês R$ 1,58 milhão em rendimentos.

"Para essa quantidade de dinheiro, nem precisa pensar na poupança. Porque ela [poupança] é um tipo de conta que se tem, que de certa forma corrige o seu capital. Ela é direcionada a um outro tipo de investidor. Até porque esse produto [a poupança] foi criado para ser desburocratizado para pessoas que tem pouco dinheiro. È preciso estar atento a inflação em quanto foi a inflação no período"

O professor ressalta que o vencedor deve procurar um consultoria antes de decidir realizar investimentos.

"O ideal é procurar alguém profissional do mercado financeiro que possa oferecer consultoria. No entanto, é necessário estar ciente de tudo e a decisão final deve ser do proprietário do dinheiro. Além disso, em nenhuma hipótese ele passar uma procuração para alguém usar o dinheiro sem a anunência do proprietário.

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